Silício Orgânico Hidrossolúvel

Biodisponibilidade e Metabolismo

  • Silício mineral é pouco absorvido no organismo humano e o Silício Orgânico Hidrossolúvel se transforma em sílica ou silicato no trato gastroduodenal reduzindo sua biodisponibilidade. Quando estabilizado na molécula de colina ou ligado ao colágeno marinho sua biodisponibilidade é aumentada.

Quando o ácido orto silicílico Si(OH)4 está ligado por pontes de hidrôgenio aos aminoácidos de colágeno marinho o mesmo impede a polimerização e a conversão em sílica durante o trânsito gastro-duodenal.12

Um estudo comparativo ex vivo, da difusão ácido orto silicílico Si(OH)4 associado a proteína colágena marinha, silicato de colina e silicato de sódio, em estômago e duodeno, demonstrou que somente o primeiro foi capaz de atravessar o estômago e o duodeno, em pH ácido, básico ou neutro.

Outros artigos evidenciaram que o silício na forma orgânica ou hidrossolúvel do silício é bem absorvido independente de ser administrada como suplemento oral, tópico conjuntival ou por meio do aumento de duas vezes da ingesta alimentar diária de tal elemento.

Após a ingestão de silício hidrossolúvel há uma absorção de aproximadamente 90% na concentração sérica de silício, e está permanece alta por até 6 horas, tendo pico no período de 100 a 120 minutos, e o maior período de excreção do silício orgânico ocorre em até 6 horas após sua ingestão e apresenta média de excreção na urina de 40,9 +- 36,3 % (essa variação dependeria da fonte de ingestão); porém no período de 6 a 9 horas ainda há pequena porcentagem de excreção renal. A excreção renal total de silício variaria de 49 +- 34% da concentração ingerida.

Homens absorvem mais tal mineral na alimentação que mulheres (absorção aumentada em 20 a 34%) e a absorção de silício no dieta diminui com a idade, na taxa de 0,1 mg a cada ano de vida. Também parece importante salientar que, aparentemente, o aumento na concentração sérica de silício após suplementação diária não é tão significativo até quatro semanas de ingestão. A dosagem da concentração sérica de silício após oito semanas de suplementação é duas vezes maior que a dosagem com quatro semanas. Quanto ao tempo de administração, a maioria dos estudos em humanos e animais demonstram que a eficácia do elemento excede 8 semanas de uso.

Recomendação

Não há uma dosagem mínima e máxima recomendada da ingestão diária de silício, porém estabeleceu-se uma sugestão de ingestão diária de 10 a 25 mg de silício, baseada na taxa de excreção urinária do silício no homem, em 24 horas. Segundo UTHUS e SEABORN3 (1996), a ingestão dietética diária estimada para esses elementos é de 2-5 mg (com base na biodisponibilidade de 10% em dieta natural).

Toxicidade

Estudos toxicológicos referiram-se ao derivado hidrossolúvel do silício como seguro, não sendo genotóxico para o uso em seres vivos. Barel et al. executaram um estudo de 50 pacientes divididos em dois grupos —experimental com 10 mg ao dia e placebo por 20 semanas, de silício orgânico sobre a pele, unhas e cabelos. Os autores dosaram na amostra os níveis de colesterol, uréia, creatinina, bilirrubinas, transaminases, ácido úrico, amilase, lípase, sódio, cálcio, fósforo e zinco no início e fim da suplementação oral e não notaram qualquer alteração nesses parâmetros durante o tempo do experimento (20 semanas) seja no grupo de controle ou no grupo de silício.

Silício na Pele

Durante o envelhecimento há uma redução significativa da silício particularmente na aorta, em outros vasos arteriais e na pele paralelo à redução da síntese de colágeno pelos fibroblastos e ativação da colagenase na derme e da redução da absorção do silício da dieta, contribuindo para redução da proteína na pele e formação de microrelevo cutâneo.

O silício é fundamental para uma síntese eficiente do colágeno já que contribui para a ativação das enzimas de hidroxilação para crosslinking do colágeno além de agir na prolina hidroxilase que participa da síntese de prolina, o principal constituinte do colágeno tipo I. Estimula também ornitina aminotransferase (enzima importante na formação de colágeno), na reparação e combate ao envelhecimento da pele. Além disso, promove a ligação das glicosaminoglicanas com a água permitindo maior turgidez da pele.

Estudos em animais utilizando suplementação de silício orgânico resultaram no aumento de hidroxiprolina na derme e cartilagens e em humanos na análise objetiva do microrrelevo e das propriedades mecânicas da pele revelou melhora significativa em comparação ao grupo de controle.

Outros estudos também demonstram um papel ativo do silício na neutralização de radicais livres, prevenindo reações de glicação e atuando como mimetizador da ação de fatores de crescimento celular. Quando associado à vitamina C estimula a síntese do ácido hialurônico e de proteoglicanas, aumentando a afinidade da água pelas glicosaminoglicanas e reduzindo o processo de destruição da matriz dérmica produzido pelas metaloproteinases de matriz (colagenases, elastases e hialuronidases).

Cicatrização

Em um estudo sobre cicatrização foram implantadas esponjas em ratos e, após formação de tecido cicatricial ao redor das mesmas, estudou-se a composição da cicatriz. Ratos com dieta normal apresentaram uma cicatriz mais rica em hidroxiprolina do que ratos privados de silício. Os autores concluíram que a privação de silício diminui a formação de colágeno tipo I. Maya, em um artigo de revisão publicado em 2007, citou o silício orgânico como uma medicação intradérmica capaz de estimular a síntese de colágeno.

Remineralização Óssea

Numerosos estudos sugerem que, a suplementação do silício (Si) é benéfica para o metabolismo mineral e da saúde óssea. Estudos com animais avaliaram o envolvimento do silício no metabolismo ósseo, tanto para animais jovens quanto para modelos animais de osteoporose na pós-menopausa. No modelo animal para osteoporose foram usadas ratas ooforectomizadas, sugerindo que um tratamento preventivo com silício orgânico evitaria parcialmente a perda do osso trabecular, diminuindo a reabsorção e aumentando a formação óssea.   

Cabelos e Unhas

Evidenciou-se que a suplementação com uma dose de 10 mg de silício diário, na forma de ácido ortosilícico estabilizado em colina, proporcionou uma melhora no quadro da Síndrome das unhas frágeis. Ainda, resultados positivos nas unhas e cabelos frágeis e quebradiços após a suplementação de 10mg/Si no período de 20 semanas foram constatados. Na resistência à tração, incluindo elasticidade e ruptura de carga, resultando em um cabelo mais grosso. O silício que constitui a fibra capilar e está presente em 10-10 ppm no cabelo.

Modulação da Inflamação

Estudos demonstram que o silício orgânico apresenta atividade anti-inflamatória e calmante caracterizada in vitro através da redução da produção de interleucinas e, in vivo, por meio da proteção da infiltração e dos sinais visíveis da inflamação, tais como, eritema e edema. Em alguns trabalhos, não aumentou significativamente a atividade inibitória para a COX-2. Contudo, produziu uma diminuição significativa na atividade inibitória para a COX-1. Estes resultados demostram que pode ser inibidor de COX com maior seletividade para a COX-2 inibindo liberação de prostaglandinas inflamatórias via metabolismo do ácido araquidônico.

Conclusão

Osilício, na forma de Silício Orgânico Hidrossolúvel, auxilia na firmeza e elasticidade da pele, por aumento da síntese de colágeno. Contribui para fortalecimento de unhas e cabelos e pode estar associado à modulação da inflamação, bem como na cicatrização de feridas e remineralização óssea. Parece que quando estabilizado na molécula de colina ou associado ao colágeno marinho possui mais alta biodisponibilidade. Outros estudos in vivo são necessários para avaliação da dose mínima e máxima para determinação destes efeitos.

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A análise clínica demonstrou excelente tolerância (ausência de reação alérgica) e melhora na maciez do microrrelevo cutâneo em mais de 50% dos casos.

Dosagem Recomendada:

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Pré-Procedimento

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